sexta-feira, 9 de julho de 2010

Os efeitos do aquecimento global no Brasil

Toda a sociedade mundial está alarmada para as conseqüências catastróficas que o aquecimento global pode provocar no mundo inteiro. A novidade agora é que entre os países mais prejudicados com o fenômeno está o Brasil. Mas o que, especificamente, pode acontecer a nós, brasileiros, por causa do aquecimento global no médio e longo prazo?

Para Heitor Matallo, membro da Convenção das Nações Unidas para o Combate da Desertificação (UNCCD), um ciclo puxa outro. Se no Brasil, o meio ambiente já é degradado por meio de desmatamentos e erosões, os reservatórios de água irão diminuir, aumentando as áreas desertas. Com o avanço da temperatura global, será quase impossível viver nessas áreas em curto prazo, porém não impossível, uma vez que o corpo humano se adapta conforme as necessidades. Com isso, o ecossistema desta região ficará totalmente desequilibrado, permitindo a extinção de várias espécies de animais.

Com o degelo das calotas polares, o nível do mar irá subir. Em longo prazo, o degelo das calotas fará os oceanos subirem até 4,9 metros, cobrindo vastas áreas litorâneas no Brasil, além de provocar a escassez de comida, disseminação de doenças e mortes.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) atribui à modificação do clima 2,4% dos casos de diarréia e 2% dos casos de malária em todo o mundo. No nosso caso, a dengue poderá provocar uma epidemia nas regiões alagadas ou até mesmo em regiões planálticas, resultado da falta de definição das estações. Além disso, as ondas de calor, que com o fenômeno irão aumentar em proporção e intensidade, serão responsáveis por 150 mil mortes a cada ano em todo o mundo; no Brasil isso também será uma realidade.

A incidência de furacões, que é praticamente inexistente no Brasil, poderá ser grande. Isso já está acontecendo aos poucos, principalmente na região Sul. O furacão Catarina, por exemplo, tinha ventos que variavam entre 118 km/h a 152 km/h.

O primeiro passo para a solução deste problema talvez seja a conscientização. Desta forma, a idéia de que não somos a última geração do planeta e não temos o direito de arruinar a vida de nossos descendentes deve proliferar em todos os níveis da sociedade.

Creditos ao site brasilescola

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Dicas para reduzir o consumo de água

  • Ao tomar banho: um banho demorado chega a gastar de 95 a 180 litros de água. Banhos curtos economizam água e energia elétrica.
  • Ao escovar os dentes: com a torneira aberta, o gasto é de até 25 litros. Primeiro escove e depois abra a torneira para encher um copo com a quantidade necessária para o enxágüe.
  • Ao apertar a descarga: uma válvula de privada no Brasil chega a utilizar 20 litros de água em um único aperto. Por isso aperte apenas o tempo necessário.
  • Ao usar as torneiras: uma torneira aberta gasta de 12 a 20 litros de água por minuto e se estiver pingando são 46 litros por dia.
  • Ao lavar louças: lavar as louças, panelas e talheres com a torneira aberta o tempo todo acaba desperdiçando até 105 litros. O certo é primeiro escovar e ensaboar e depois enxaguar tudo de uma só vez.
  • Ao lavar calçadas: muitas pessoas utilizam a mangueira como vassoura, desperdiçando água tratada na lavagem das calçadas. Use a vassoura e quando necessário um balde ao invés de deixar a mangueira aberta o tempo todo.
  • Ao lavar roupas: apenas use a máquina de lavar quando estiver bem cheia.
  • Ao lavar o automóvel: gasto médio de 560 litros em 30 minutos. Lavar apenas quando for realmente preciso, usando um balde em vez de mangueira, e economiza será de 520 litros.
  • Ao molhar plantas: primeiro, consulte a meteorologia para ver se vai chover! Regar somente o necessário usando um esguicho tipo "revólver", que libera a água só quando adicionado. Armazena a água da chuva para molhar suas plantas.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Painel Intergovernamental sobre as Mudanças do Clima (IPCC)

Como este é um tema de grande importância, os govenos precisam de previsões de tendências futuras das mudanças globais de forma que possam tomar decisões políticas que evitem impactos indesejáveis. O aquecimento global está sendo estudado pelo Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC). O último relatório do IPCC faz algumas previsões a respeito das mudanças climáticas. Tais previsões são a base para os actuais debates políticos e científicos.

As previsões do IPCC baseiam-se nos mesmos modelos utilizados para estabelecer a importância de diferentes factores no aquecimento global. Tais modelos alimentam-se dos dados sobre emissões antropogênicas dos gases causadores de efeito estufa e de aerosóis, gerados a partir de 35 cenários distintos, que variam entre pessimistas e optimistas. As previsões do aquecimento global dependem do tipo de cenário levado em consideração, nenhum dos quais leva em consideração qualquer medida para evitar o aquecimento global.

O último relatório do IPCC projecta um aumento médio de temperatura superficial do planeta entre 1,4 e 5,8º C entre 1990 a 2100. O nível do mar deve subir de 0,1 a 0,9 metros nesse mesmo período.

Apesar das previsões do IPCC serem consideradas as melhores disponíveis, elas são o centro de uma grande controvérsia científica. O IPCC admite a necessidade do desenvolvimento de melhores modelos analíticos e compreensão científica dos fenômenos climáticos, assim como a existência de incertezas no campo. Críticos apontam para o facto de que os dados disponíveis não são suficientes para determinar a importância real dos gases causadores do efeito estufa nas mudanças climáticas. A sensibilidade do clima aos gases estufa estaria sendo sobrestimada enquanto fatores externos subestimados.

Por outro lado, o IPCC não atribui qualquer probabilidade aos cenários em que suas previsões são baseadas. Segundo os críticos isso leva a distorções dos resultados finais, pois os cenários que predizem maiores impactos seriam menos passíveis de concretização por contradizerem as bases do racionalismo económico.

Convenção-Quadro Sobre Mudanças Climáticas e o Protocolo de Kioto

Mesmo havendo dúvidas sobre sua importância e causas, o aquecimento global é percebido pelo grande público e por diversos líderes políticos como uma ameaça potencial. Por se tratar de um cenário semelhante ao da tragédia dos comuns, apenas acordos internacionais seriam capazes de propôr uma política de redução nas emissões de gases estufa que, de outra forma, os países evitariam implementar de forma unilateral. Do Protocolo de Kioto a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas foram ratificadas por todos os países industrializados que concordaram em reduzir suas emissões abaixo do nível registrado em 1990. Ficou acertado que os países em desenvolvimento ficariam isentos do acordo. Contudo, President Bush, presidente dos os Estados Unidos — país responsável por cerca de um terço das emissões mundiais, decidiu manter o seu país fora do acordo. Essa decisão provocou uma acalorada controvérsia ao redor do mundo, com profundas ramificações políticas e ideológicas.

Para avaliar a eficácia do Protocolo de Kioto, é necessário comparar o aquecimento global com e sem o acordo. Diversos autores independentes concordam que o impacto do protocolo no fenômeno é pequeno (uma redução de 0,15 num aquecimento de 2ºC em 2100). Mesmo alguns defensores de Kioto concordam que seu impacto é reduzido, mas o vêem como um primeiro passo com mais significado político que prático, para futuras reduções. No momento, é necessária uma analise feita pelo IPCC para resolver essa questão.

O Protocolo de Kioto também pode ser avaliado comparando-se ganhos e custos. Diferentes análises econômicas mostram que o Protocolo de Kioto pode ser mais dispendioso do que o aquecimento global que procura evitar. Contudo, os defensores da proposta argumentam que enquanto os cortes iniciais dos gases estufa têm pouco impacto, eles criam um precedente para cortes maiores no futuro.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Empreendedores climáticos são chave para um futuro de baixo carbono

30 Mar 2009

Bonn, Alemanha – O WWF exorta os delegados que participam, em Bonn, das conversações da ONU sobre as questões climáticas, a encontrar novas maneiras de apoiar a nova categoria de empreendedores climáticos como a principal força motriz para alcançar, no futuro, uma economia de baixo carbono.

As novas pesquisas da rede ambientalista mundial WWF demonstram que as tecnologias inovadoras que já estão disponíveis podem, com um rápido crescimento, cortar centenas de milhões de toneladas de emissões de carbono.

Dois novos relatórios do WWF – entre os quais estão 17 estudos de caso em economias desenvolvidas como a da Suécia e em mercados emergentes como o da Índia – revelam o que funciona e o que não funciona quando se utiliza o poder da inovação para responder à necessidade de se enfrentar com rapidez os desafios das mudanças climáticas.

“Existe um potencial imenso de sucesso, tanto do ponto de vista climático quanto do de negócios, na utilização das inovações tecnológicas que aparecem. O que falta é remover os obstáculos para que empreendedores e organizações inovadoras alcancem uma comercialização exitosa e uma ampla difusão,” afirma Stefan Henningsson, diretor do Programa de Mudanças Climáticas do WWF-Suécia.

As novas formas de prover iluminação natural em grandes prédios, desenvolvidas oito anos atrás por um consultor de construção sueco em colaboração com um inovador, poderiam economizar o equivalente a cerca de 220 milhões de toneladas de emissões de CO2 por ano, assim como provocar uma grande economia nos gastos com energia elétrica.

Outro exemplo são os sistemas de produção e distribuição, em grande escala, de ar refrigerado para interiores, desenvolvidos por um inovador sueco e que são mais eficazes do que a tecnologia tradicional de refrigeração. Aumentando em 25% a refrigeração compartilhada de interiores no mercado europeu de refrigeração, seria possível cortar as emissões de CO2 em até 50 milhões de toneladas/ano.

Na Índia, uma empresa iniciou o fornecimento de iluminação com energia solar baseada em lâmpadas LED para a população rural pobre e hoje tem duas frentes de desenvolvimento que não prejudicam o clima. Exemplos como este mostram como os empreendedores sustentáveis, tanto os sociais quanto os que o fazem por negócio, podem moldar o futuro crescimento econômico.

“As empresas indianas que foram objeto do relatório do WWF evidenciam o incrível potencial que existe em alinhar as necessidades de um desenvolvimento sustentável com o valor econômico em países em desenvolvimento – e as soluções mundiais que podem resultar disso”, diz Henningsson.



Os estudos de caso na Suécia também identificaram os principais obstáculos ao desenvolvimento e ao uso em grande escala de novas tecnologias promissoras: um apoio grande e contínuo, direto e indireto, para a melhoria quantitativa de métodos já defasados de produção utilizados nas empresas de grande porte.

“Na política de planejamento e de investimentos públicos, existe uma tendência de se consultar principalmente ou somente os grandes da indústria e do mundo dos negócios e eles geralmente são a favor de soluções tradicionais,” observa Henningsson. “No entanto, as soluções tradicionais ou a melhoria de métodos antigos simplesmente não costumam ser suficientes para promover as transformações de mercado e as reduções de emissões que se fazem necessárias”. Ele conclui: “Até os sistemas que não discriminam contra idéias novas são insuficientes. Devemos aderir aos sistemas que buscam inovações de forma ativa.”

Um primeiro passo para melhorar o ambiente para as inovações seria ajustar o foco com a coordenação em alto escalão governamental para enfrentar os desafios das mudanças climáticas. O WWF também propõe a criação de feiras do tipo “encontre tudo no mesmo lugar” para os empreendedores climáticos, onde as melhores idéias poderiam encontrar os recursos públicos e privados necessários à pesquisa, financiamento, comercialização e exportação.

Em nível internacional, a Rede WWF pede a criação de Programas de Ação Tecnológica no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC), de forma a acelerar o desenvolvimento e a demonstração das novas tecnologias e melhorar a difusão das tecnologias sustentáveis já existentes.

“A maior parte das idéias já estão lá, sendo que algumas delas surgiram em países em desenvolvimento e outras em países industrializados. “O que falta são meios suficientemente eficazes para transformar essas idéias em soluções que funcionem, superando as lacunas e a rigidez dos nossos sistemas”.


Fonte: WWF Brasil

terça-feira, 31 de março de 2009

Países emissores de gases do efeito estufa

  1. Estados Unidos 45,8%
  2. China 11,9 %
  3. Indonésia 7,4%
  4. Brasil 5,4 %
  5. Rússia 4,8%
  6. Índia 4,5%
  7. Japão 3,1%
  8. Alemanha 2,5 %
  9. Malásia 2,1%
  10. Canadá 1,8%

Chuva ácida

As conseqüências da chuva ácida para a população humana, podem ser econômicas, sociais ou ambientais. Tais consequencias são observáveis principalmente em grandes áreas urbanas, onde ocorrem patologias que afetam o sistema respiratório e sistema cardiovascular, e além disso, causam destruição de edificações e monumentos, através da corrosão pela reação com ácidos. Porém, nada impede que as consequências de tais chuvas chegem a locais muito distantes do foco gerador, devido ao movimento das massas de ar, que são capazes de levar os poluentes para muito longe. Estima-se que as chuvas ácidas contribuam para a devastação de florestas e lagos, sobretudo aqueles situados nas zonas temperadas acídas.