segunda-feira, 6 de julho de 2009

Dicas para reduzir o consumo de água

  • Ao tomar banho: um banho demorado chega a gastar de 95 a 180 litros de água. Banhos curtos economizam água e energia elétrica.
  • Ao escovar os dentes: com a torneira aberta, o gasto é de até 25 litros. Primeiro escove e depois abra a torneira para encher um copo com a quantidade necessária para o enxágüe.
  • Ao apertar a descarga: uma válvula de privada no Brasil chega a utilizar 20 litros de água em um único aperto. Por isso aperte apenas o tempo necessário.
  • Ao usar as torneiras: uma torneira aberta gasta de 12 a 20 litros de água por minuto e se estiver pingando são 46 litros por dia.
  • Ao lavar louças: lavar as louças, panelas e talheres com a torneira aberta o tempo todo acaba desperdiçando até 105 litros. O certo é primeiro escovar e ensaboar e depois enxaguar tudo de uma só vez.
  • Ao lavar calçadas: muitas pessoas utilizam a mangueira como vassoura, desperdiçando água tratada na lavagem das calçadas. Use a vassoura e quando necessário um balde ao invés de deixar a mangueira aberta o tempo todo.
  • Ao lavar roupas: apenas use a máquina de lavar quando estiver bem cheia.
  • Ao lavar o automóvel: gasto médio de 560 litros em 30 minutos. Lavar apenas quando for realmente preciso, usando um balde em vez de mangueira, e economiza será de 520 litros.
  • Ao molhar plantas: primeiro, consulte a meteorologia para ver se vai chover! Regar somente o necessário usando um esguicho tipo "revólver", que libera a água só quando adicionado. Armazena a água da chuva para molhar suas plantas.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Painel Intergovernamental sobre as Mudanças do Clima (IPCC)

Como este é um tema de grande importância, os govenos precisam de previsões de tendências futuras das mudanças globais de forma que possam tomar decisões políticas que evitem impactos indesejáveis. O aquecimento global está sendo estudado pelo Intergovernmental Panel on Climate Change (IPCC). O último relatório do IPCC faz algumas previsões a respeito das mudanças climáticas. Tais previsões são a base para os actuais debates políticos e científicos.

As previsões do IPCC baseiam-se nos mesmos modelos utilizados para estabelecer a importância de diferentes factores no aquecimento global. Tais modelos alimentam-se dos dados sobre emissões antropogênicas dos gases causadores de efeito estufa e de aerosóis, gerados a partir de 35 cenários distintos, que variam entre pessimistas e optimistas. As previsões do aquecimento global dependem do tipo de cenário levado em consideração, nenhum dos quais leva em consideração qualquer medida para evitar o aquecimento global.

O último relatório do IPCC projecta um aumento médio de temperatura superficial do planeta entre 1,4 e 5,8º C entre 1990 a 2100. O nível do mar deve subir de 0,1 a 0,9 metros nesse mesmo período.

Apesar das previsões do IPCC serem consideradas as melhores disponíveis, elas são o centro de uma grande controvérsia científica. O IPCC admite a necessidade do desenvolvimento de melhores modelos analíticos e compreensão científica dos fenômenos climáticos, assim como a existência de incertezas no campo. Críticos apontam para o facto de que os dados disponíveis não são suficientes para determinar a importância real dos gases causadores do efeito estufa nas mudanças climáticas. A sensibilidade do clima aos gases estufa estaria sendo sobrestimada enquanto fatores externos subestimados.

Por outro lado, o IPCC não atribui qualquer probabilidade aos cenários em que suas previsões são baseadas. Segundo os críticos isso leva a distorções dos resultados finais, pois os cenários que predizem maiores impactos seriam menos passíveis de concretização por contradizerem as bases do racionalismo económico.

Convenção-Quadro Sobre Mudanças Climáticas e o Protocolo de Kioto

Mesmo havendo dúvidas sobre sua importância e causas, o aquecimento global é percebido pelo grande público e por diversos líderes políticos como uma ameaça potencial. Por se tratar de um cenário semelhante ao da tragédia dos comuns, apenas acordos internacionais seriam capazes de propôr uma política de redução nas emissões de gases estufa que, de outra forma, os países evitariam implementar de forma unilateral. Do Protocolo de Kioto a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas foram ratificadas por todos os países industrializados que concordaram em reduzir suas emissões abaixo do nível registrado em 1990. Ficou acertado que os países em desenvolvimento ficariam isentos do acordo. Contudo, President Bush, presidente dos os Estados Unidos — país responsável por cerca de um terço das emissões mundiais, decidiu manter o seu país fora do acordo. Essa decisão provocou uma acalorada controvérsia ao redor do mundo, com profundas ramificações políticas e ideológicas.

Para avaliar a eficácia do Protocolo de Kioto, é necessário comparar o aquecimento global com e sem o acordo. Diversos autores independentes concordam que o impacto do protocolo no fenômeno é pequeno (uma redução de 0,15 num aquecimento de 2ºC em 2100). Mesmo alguns defensores de Kioto concordam que seu impacto é reduzido, mas o vêem como um primeiro passo com mais significado político que prático, para futuras reduções. No momento, é necessária uma analise feita pelo IPCC para resolver essa questão.

O Protocolo de Kioto também pode ser avaliado comparando-se ganhos e custos. Diferentes análises econômicas mostram que o Protocolo de Kioto pode ser mais dispendioso do que o aquecimento global que procura evitar. Contudo, os defensores da proposta argumentam que enquanto os cortes iniciais dos gases estufa têm pouco impacto, eles criam um precedente para cortes maiores no futuro.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Empreendedores climáticos são chave para um futuro de baixo carbono

30 Mar 2009

Bonn, Alemanha – O WWF exorta os delegados que participam, em Bonn, das conversações da ONU sobre as questões climáticas, a encontrar novas maneiras de apoiar a nova categoria de empreendedores climáticos como a principal força motriz para alcançar, no futuro, uma economia de baixo carbono.

As novas pesquisas da rede ambientalista mundial WWF demonstram que as tecnologias inovadoras que já estão disponíveis podem, com um rápido crescimento, cortar centenas de milhões de toneladas de emissões de carbono.

Dois novos relatórios do WWF – entre os quais estão 17 estudos de caso em economias desenvolvidas como a da Suécia e em mercados emergentes como o da Índia – revelam o que funciona e o que não funciona quando se utiliza o poder da inovação para responder à necessidade de se enfrentar com rapidez os desafios das mudanças climáticas.

“Existe um potencial imenso de sucesso, tanto do ponto de vista climático quanto do de negócios, na utilização das inovações tecnológicas que aparecem. O que falta é remover os obstáculos para que empreendedores e organizações inovadoras alcancem uma comercialização exitosa e uma ampla difusão,” afirma Stefan Henningsson, diretor do Programa de Mudanças Climáticas do WWF-Suécia.

As novas formas de prover iluminação natural em grandes prédios, desenvolvidas oito anos atrás por um consultor de construção sueco em colaboração com um inovador, poderiam economizar o equivalente a cerca de 220 milhões de toneladas de emissões de CO2 por ano, assim como provocar uma grande economia nos gastos com energia elétrica.

Outro exemplo são os sistemas de produção e distribuição, em grande escala, de ar refrigerado para interiores, desenvolvidos por um inovador sueco e que são mais eficazes do que a tecnologia tradicional de refrigeração. Aumentando em 25% a refrigeração compartilhada de interiores no mercado europeu de refrigeração, seria possível cortar as emissões de CO2 em até 50 milhões de toneladas/ano.

Na Índia, uma empresa iniciou o fornecimento de iluminação com energia solar baseada em lâmpadas LED para a população rural pobre e hoje tem duas frentes de desenvolvimento que não prejudicam o clima. Exemplos como este mostram como os empreendedores sustentáveis, tanto os sociais quanto os que o fazem por negócio, podem moldar o futuro crescimento econômico.

“As empresas indianas que foram objeto do relatório do WWF evidenciam o incrível potencial que existe em alinhar as necessidades de um desenvolvimento sustentável com o valor econômico em países em desenvolvimento – e as soluções mundiais que podem resultar disso”, diz Henningsson.



Os estudos de caso na Suécia também identificaram os principais obstáculos ao desenvolvimento e ao uso em grande escala de novas tecnologias promissoras: um apoio grande e contínuo, direto e indireto, para a melhoria quantitativa de métodos já defasados de produção utilizados nas empresas de grande porte.

“Na política de planejamento e de investimentos públicos, existe uma tendência de se consultar principalmente ou somente os grandes da indústria e do mundo dos negócios e eles geralmente são a favor de soluções tradicionais,” observa Henningsson. “No entanto, as soluções tradicionais ou a melhoria de métodos antigos simplesmente não costumam ser suficientes para promover as transformações de mercado e as reduções de emissões que se fazem necessárias”. Ele conclui: “Até os sistemas que não discriminam contra idéias novas são insuficientes. Devemos aderir aos sistemas que buscam inovações de forma ativa.”

Um primeiro passo para melhorar o ambiente para as inovações seria ajustar o foco com a coordenação em alto escalão governamental para enfrentar os desafios das mudanças climáticas. O WWF também propõe a criação de feiras do tipo “encontre tudo no mesmo lugar” para os empreendedores climáticos, onde as melhores idéias poderiam encontrar os recursos públicos e privados necessários à pesquisa, financiamento, comercialização e exportação.

Em nível internacional, a Rede WWF pede a criação de Programas de Ação Tecnológica no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC), de forma a acelerar o desenvolvimento e a demonstração das novas tecnologias e melhorar a difusão das tecnologias sustentáveis já existentes.

“A maior parte das idéias já estão lá, sendo que algumas delas surgiram em países em desenvolvimento e outras em países industrializados. “O que falta são meios suficientemente eficazes para transformar essas idéias em soluções que funcionem, superando as lacunas e a rigidez dos nossos sistemas”.


Fonte: WWF Brasil

terça-feira, 31 de março de 2009

Países emissores de gases do efeito estufa

  1. Estados Unidos 45,8%
  2. China 11,9 %
  3. Indonésia 7,4%
  4. Brasil 5,4 %
  5. Rússia 4,8%
  6. Índia 4,5%
  7. Japão 3,1%
  8. Alemanha 2,5 %
  9. Malásia 2,1%
  10. Canadá 1,8%

Chuva ácida

As conseqüências da chuva ácida para a população humana, podem ser econômicas, sociais ou ambientais. Tais consequencias são observáveis principalmente em grandes áreas urbanas, onde ocorrem patologias que afetam o sistema respiratório e sistema cardiovascular, e além disso, causam destruição de edificações e monumentos, através da corrosão pela reação com ácidos. Porém, nada impede que as consequências de tais chuvas chegem a locais muito distantes do foco gerador, devido ao movimento das massas de ar, que são capazes de levar os poluentes para muito longe. Estima-se que as chuvas ácidas contribuam para a devastação de florestas e lagos, sobretudo aqueles situados nas zonas temperadas acídas.

A poluição e a diminuição da camada de ozônio


A camada de ozonio é uma região existente na atmosfera que filtra a radiaçao ultravioleta provinda do Sol. Devido processo de filtragem, os organismos da superfície terrestre ficam protegidos das radiações.

A ozonosfera é formada pelo gás ozônio, que é constituído de moléculas de oxigênio que sofrem um rearranjo a partir da radiação ultravioleta que penetra na atmosfera.

A exposição à radiação ultravioleta afeta o sistema imunologico, causa cataratas e aumenta a incidência de câncer de pele nos seres humanos, além de atingir outras espécies.

A diminuição da camada de ozônio está ocorrendo devido ao aumento da concentração dos gases CFC (cloro-flúor-carbono) presentes no aerossol, em fluidos de refrigeração que poluem as camadas superiores da atmosfera atingindo a estratosfera.

O cloro liberado pela radiação ultravioleta forma o cloro atômico, que reage ao entrar em contato com o ozônio, transformando-se em monóxido de cloro. A reação reduz o ozônio atmosférico aumentando a penetração das radiações ultra-violetas.

*Consequências econômicas

As consequências econômicas e ecológicas da diminuição da camada de ozônio, além de causar o aumento da incidência do câncer de pele, podem gerar o desaparecimento de espécies animais e vegetais e causar mutações genéticas. Mesmo havendo incertezas sobre a magnitude desse fenômeno, em 1984 foi assinado um acordo internacional para diminuir as fontes geradoras do problema.

sábado, 28 de fevereiro de 2009

Aquecimento Global - Nossa Realidade

O objetivo do vídeo é mostrar nossa realidade, o caos que o aquecimento global está causando e que vai agravar continuamente se ficarmos parados. 


quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Al Gore

Filme de Ar Gore falando sobre o aquecimento Uma Verdade Inconveniente( eu recomendo que o assistam)

Biografia

Em 2000 concorreu à presidência dos Estados Unidos e perdeu, em uma eleição marcada por contagem polêmica dos votos, para George W. Bush, apesar de ter tido mais votos populares, já que Bush obteve mais delegados no colégio eleitoral.

Em 2006, lançou An Inconvenient Truth(Uma Verdade Inconveniente), documentário sob mudanças climáticas, mais especificamente sobre o aquecimento global, o qual se sagrou vencedor do oscar de melhor documentário em 2007.

Al Gore é um activista ecológico, tendo escrito dois livros, A Terra em Balanço: Ecologia e o Espírito Humano (Augustus, 1993, 452 páginas) e Uma verdade inconveniente (Manole, 2006, 328 páginas).

Em fevereiro de 2007, Al Gore e o presidente da empresa Virgin, Richard Branson, lançaram uma competição que dará 25 milhões de dólares (cerca de 18 milhões de euros ou R$ 50 milhões) para o cientista que apresentar a melhor proposta para 'limpar o ar' do planeta, ou seja, diminuir as quantidades de dióxido de carbono na atmosfera.

Nobel da Paz


Al Gore recebeu o prémio Nobel da Paz em 2007, junto com o Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas da ONU, "pelos seus esforços na construção e disseminação de maior conhecimento sobre as alterações climáticas induzidas pelo homem e por lançar as bases necessárias para inverter tais alterações". Recebeu ainda o Premio Príncipe de Asturias de la Concordia de 2007, galardão concedido pela Fundación Príncipe de Asturias, na cidade de Oviedo (Espanha).

domingo, 22 de fevereiro de 2009

Aprendendo com as enchentes de Santa Catarina

As mudanças climáticas que observamos no planeta inteiro com o gradual e continuo aquecimento da atmosfera e dos oceanos devido a alta concentração dos gases do efeito estufa que torna a atmosfera mais ativa intensificando gradualmente eventos como fortes chuvas, ciclos de secas, maior numero de furações e tufões também tem afetado o Brasil e entre todos os estados Santa Catarina e Rio Grande do Sul vem sofrendo com maior intensidade os efeitos do aquecimento global, a alguns anos atrás o Rio Grande do Sul sofreu um grande ciclo de secas que deteriorou bastante a economia agropecuária da região, Santa Catarina sofreu em 2005 um furacão que os meteorologistas não acreditaram que seria possível, pois este tipo de evento climática nunca havia sido registrado no atlântico sul, no entanto, este foi o primeiro, e felizmente a marinha e a defesa civil acreditaram na intensidade e força do evento e tomaram a tempo as medidas certas que amenizaram as perdas de vidas e os danos materiais, mesmo assim milhares de residências foram destruídas. Na linha do equador uma grande seca sem precedentes atingiu a Amazônia em 2005 que colocou em risco todo aquele gigantesco ecossistema, fundamental para a regularidade do clima no Sudeste e Sul do Brasil. O estado de Santa Catarina já sofreu outras enchentes anteriormente, mais nunca com a intensidade como a de novembro de 2008. O país precisa aprender com este trágico evento climático, e preparar-se para o futuro, o estado não pode apenas mostrar-se presente á luz dos holofotes da impressa, e necessário que haja um planejamento para lidar com esta nova realidade que esta se formando com as mudanças climáticas.


O PAPEL DO ESTADO

Somente o socorro emergencial às vitimas de calamidades como estas é pouco, é preciso evitar, senão amenizar, as calamidades causadas pelas mudanças climáticas preparando a sociedade e a economia para enfrentá-las, já que teremos que conviver por algumas décadas com os efeitos do aquecimento global. Cabe ao estado inserir as possíveis conseqüências das mudanças climáticas em seus planos de desenvolvimento econômico e infra-estrutura sob pena de ver sua sociedade e economia periodicamente afetadas por eventos climáticos extremos.
O estado de Santa Catarina teve sua economia paralisada com estas fortes chuvas, inclusive com o fechamento do importante porto de Itajaí, o Rio Grande do Sul ficou por alguns dias sem uma importante fonte de energia, o gás natural, que devido ao rompimento do gasoduto que passa pela região afetada pelas fortes chuvas em Santa Catarina, isto sem contar a tragédia social com centenas de mortes e milhares de desabrigados. Outros países já se conscientizaram que é necessário mitigar, ou seja adaptar-se, no Reino Unido, por exemplo, o enfrentamento as possíveis conseqüências das mudanças climáticas já é política de governo, com vários medidas e investimentos como por exemplo a construção das gigantescas comportas do rio Tamisa para proteger a cidade de Londres das terríveis conseqüências das cheias.
Claro que não podemos comparar a capacidade de investimento de um pais como o Reino Unido com a do Brasil, mais e certo que e sempre muito mais barato prevenir do que remediar. O Brasil precisa, entre outras, tomar medidas como maior fiscalização na ocupação do solo urbano para que não seja permitido construir em áreas de risco como encostas, ou a beira de rios, e mangues, maior fiscalização e orientação na construção predial para que estejam adaptadas a um clima mais rigoriso, maior fiscalização no controle de queimadas e desmatamento da Amazônia e de outros importantes biomas do Brasil, já que o Brasil é o 4º maior emissor de CO2 devido principalmente a queimadas na Amazônia. Desenvolvimento de novas técnicas de construção e adaptação de portos, rodovias, redes de transmissão de energia, dutos e gasodutos, para que sejam adaptadas para resistir aos efeitos de uma atmosfera mais ativa. Estratégicas reservas e conservação de água para as grandes cidades e agricultura, para eventos de chuvas irregulares.
O governo Brasileiro já trabalho em um chamado Plano Nacional de Mudança Climática, que foi anunciado pelo Presidente Lula na 62ª Assembléia Geral da ONU, e deve apresenta-lo agora neste mês de Dezembro na conferência do clima de Poznan, Polônia, esperamos que este plano seja abrangente o necessário para planejar como iremos adaptar nossa economia para diminuir as emissões dos gases do efeito estufa e ao mesmo tempo lançar as bases para planejarmos nossa economia para adaptarmos aos efeitos do aquecimento global que segundo os cientista, teremos que conviver nas próximas décadas.

Vale licencia usina a carvão na Amazônia

A Vale avança para licenciar uma usina termelétrica no Estado do Pará que, além de contribuir para sujar a matriz energética brasileira, deve frustrar o plano do governo de criar um projeto de reflorestamento sustentável na área de Carajás, uma das mais desmatadas da região amazônica.
A usina, de US$ 898 milhões, utilizará carvão mineral importado da Colômbia e emitirá 2,2 milhões de toneladas de CO2 ao ano o equivalente a 3,6% das emissões de todo o setor energético brasileiro em 2005. O carvão mineral é o mais sujo dos combustíveis fósseis.
A empresa já conseguiu, no fim do mês passado, a aprovação da licença prévia para o funcionamento da termelétrica que ficará em Barcarena, região metropolitana de Belém. Agora, falta obter a licença de instalação e, na seqüência, a de operação. A autorização foi dada pelo Coema (Conselho Estadual de Meio Ambiente).
A usina irá gerar 600 megawatts de energia ao ano, para abastecer o pólo siderúrgico de Carajás, no sudeste do Estado.
A opção pela termelétrica parece contrariar o discurso de sustentabilidade da empresa. Em seu site, a Vale explica suas "diretrizes corporativas sobre mudanças climáticas e carbono". Entre elas estão "promover a eficiência energética e a redução do consumo dos combustíveis fósseis".
A Vale admite que optou pela térmica para ter energia no curto prazo. "Hoje as termelétricas são a única opção viável em volume, custo e, principalmente, em prazo compatível para evitar que o Brasil corra o risco de racionamento de energia a partir de 2010."
De acordo com Tasso Azevedo, diretor-geral do SFB (Serviço Florestal Brasileiro), a criação da termelétrica vai ampliar "o uso do pior dos combustíveis, que é o carvão mineral". Segundo ele, poderia ser usado carvão vegetal, por meio do plantio de novas florestas -o que, ao mesmo tempo, recuperaria áreas hoje degradadas.
"A questão é que essa é uma opção suja, energeticamente na contramão do que a gente imaginava que pudesse ser feita na Amazônia", disse.
Em sua opinião, a Vale está dando sinais de que vai trazer carvão mineral não só para gerar energia, mas também para abastecer as guseiras de Carajás, o que prejudicará ainda mais o reflorestamento.
Hoje, as siderúrgicas utilizam carvão vegetal, muitas vezes ilegal. Segundo o secretário estadual do Meio Ambiente do Pará, Valmir Ortega, aproximadamente 20% do carvão vegetal não tem origem legal.
A idéia do SFB era criar um distrito florestal sustentável na região de Carajás, incentivando o plantio de florestas de eucalipto para abastecer o pólo e de repor o que foi devastado.

Neutralizar
Azevedo defende que seja cobrada das empresas a reposição florestal como forma de compensar o uso de carvão mineral nos casos em que poderiam ser utilizados carvão vegetal.
"Essa é uma questão estratégica. Se podem usar carvão vegetal mas optam pelo carvão mineral, estão aumentando as emissões. Então, deveriam neutralizar", afirma.
Ortega disse que aprovação da licença foi um "dilema". Ele afirmou que, como a empresa cumpriu todas as exigências, não havia outra alternativa senão aprovar. Porém, admite que o "carvão mineral não é o desejável". Ele ressaltou, no entanto, que a licença foi bastante rigorosa e que as termelétricas não são novidade na Amazônia.
Ele concorda que o desafio é acelerar o reflorestamento na região e disse que o Estado tem atuado neste sentido. "O Pará contribuiu com 150 mil hectares de reflorestamento neste ano. No Brasil inteiro foram 600 mil hectares", disse.

Relatório Stern - Aquecimento do planeta coloca em perigo a economia mundial

O Reino Unido apresenta-se daqui para frente como um dos principais países envolvidos na luta contra os efeitos do aquecimento climático.

Destinado a servir como base para uma política que se quer decidida, o relatório Stern, que foi tornado público em 30 de outubro, alerta para os riscos de uma recessão econômica "de uma amplidão catastrófica" caso nenhum esforço for rapidamente empenhado na escala do planeta contra o efeito-estufa.

A originalidade deste documento de mais de 600 páginas, que foi encomendado em julho de 2005 pelo poderoso ministro da Economia e das Finanças, Gordon Brown, ao chefe do serviço econômico do governo britânico, Sir Nicholas Stern, está no fato de ele oferecer uma avaliação em números – particularmente preocupante – do que custaria a inexistência de um compromisso da humanidade como um todo frente a essa ameaça.

Segundo explica Sir Nicholas, o produto interno bruto mundial (PIB), poderia sofrer, daqui até o final do século, uma redução "muito grave", situada entre 5% e 20 %. O preço a pagar para esse desaquecimento se elevaria a mais de 3,7 trilhões de libras (R$ 15,12 trilhões).

As enchentes, o derretimento das geleiras, a diminuição dos recursos em água que seriam provocados por essas mudanças ambientais poderiam conduzir à "migração" de dezenas, e até mesmo de centenas, de milhões de "refugiados climáticos" em certas partes do mundo, geralmente as mais pobres, tais como as áreas costeiras por todo o planeta e a África sub-sahariana.

Os perigos apontados por esta perícia não constituem nenhuma novidade, mesmo se o custo anunciado das suas conseqüências é de natureza a impressionar as mentes.

De fato, o objetivo do relatório Stern é de rebater os argumentos que costumam ser alegados pelos Estados os mais poluidores do planeta – os EUA, assim como a Índia e a China –, segundo os quais a luta contra o aquecimento planetário prejudicaria o seu desenvolvimento econômico.

Não é verdade. Segundo Sir Nicholas, a redução desde já das emissões de gases de efeito estufa não iria reduzir o PIB em mais de 1%.

A situação catastrófica anunciada pelo relatório, "de uma amplidão análoga àquelas que se seguiram às grandes guerras e à grande depressão da primeira metade do século 20", foi projetada com base nas previsões oficiais britânicas de um aumento de 4% a 5% daqui até 2050 das temperaturas em relação aos valores atuais.

Além das suas conclusões macroeconômicas, a outra novidade apresentada pelo Stern Report se dá por meio do apelo a agir rápido e das iniciativas efetivas que ele preconiza.

"O aquecimento climático deixou de ser apenas uma questão da alçada exclusiva dos especialistas da proteção do meio-ambiente e dos cientistas", sublinha Beverley Darkin, do Centro de pesquisas londrino Chatham House sobre o problema do aquecimento.

"Este relatório situa a responsabilidade da ação firmemente no campo dos protagonistas da política externa e econômica".

Portanto, a palavra fica cada vez mais com os políticos e os economistas, ao menos aqueles que estão conscientes dos enormes interesses que estão em jogo nesta questão.

Este parece ser o caso na Grã-Bretanha onde está sobressaindo um consenso político tanto à direita como à esquerda em torno deste problema.

Aliás, na esteira da publicação do relatório Stern, o ministro das finanças, que é também o provável sucessor de Tony Blair, pediu aos seus parceiros europeus para diminuírem as suas emissões de CO2 de 30% daqui até 2020, e de 60% daqui até 2050.

O seu colega encarregado do meio-ambiente, David Milleband, propôs por sua vez uma série de "taxas verdes" sobre o transporte aéreo, o transporte rodoviário e sobre alguns equipamentos domésticos.

Em virtude desta estratégia fiscal, que poderia ser revelada, em 15 de novembro, no discurso do Trono, os contribuintes britânicos serão tributados não só sobre a sua renda, mas também em função do seu comportamento ecológico.

"Nós estamos e continuaremos sendo na vanguarda da luta contra as mudanças climáticas", declarou a Comissão Européia, que se mostrou favorável ao relatório Stern.

O Foreign Office (equivalente ao ministério das relações exteriores) insistiu sobre o papel-chave da Alemanha, que assume no próximo ano a presidência conjugada do G8 dos países os mais industrializados e da União Européia, para dar prosseguimento a esta missão na escala mundial.

Do ponto de vista das autoridades londrinas, a prioridade deverá ser de atuar de modo a acelerar as negociações internacionais - visando a encontrar um sucessor ao tratado global de Kyoto de redução do efeito-estufa -, as quais terão início no próximo mês em Nairóbi (Quênia).

Para incentivar os norte-americanos a exercerem uma pressão sobre a administração Bush, que se recusa a ratificar o protocolo, Gordon Brown retirou um trunfo da sua cartola.

Ele contratou os serviços de um novo e influente conselheiro, o antigo vice-presidente americano Al Gore, cujo filme sobre a defesa do planeta Terra vem conquistando inúmeras platéia, e que se tornou com isso um dos protagonistas os mais ardorosos e os mais convincentes da necessidade de uma luta contra o aquecimento e contra a inação da administração Bush.

As associações de defesa do meio-ambiente, tais como o WWF (World Wildlife Fund) entenderam perfeitamente a mensagem, interpretando a publicação do relatório Stern como um "apelo a despertar".

Nicholas Stern coloca o aquecimento global em numeros

Para Stern, a crise financeira e o aquecimento global não são desastres naturais, mas de origem humana. Para o economista Nicholas Stern, conselheiro do governo britânico para assuntos de mudanças climáticas, a crise financeira global terá impacto fundamental nas discussões da Conferência Mundial sobre Mudanças Climáticas. A cúpula, que será realizada na Dinamarca em dezembro de 2009, deverá estabelecer o acordo internacional destinado a substituir o Protocolo de Kyoto. Embora a crise financeira possa diminuir a capacidade de investimento dos países desenvolvidos em esforços de redução das emissões de carbono, ela também ensina muito sobre os riscos da falta de sustentabilidade econômica, na opinião de Stern, que participou nesta segunda-feira (3/11) do workshop Avaliação do Relatório Stern, realizado na sede da FAPESP em São Paulo, em promoção conjunta com a Embaixada Britânica. O relatório Stern, coordenado pelo economista a pedido do governo britânico e publicado em 2006, analisa os impactos econômicos das mudanças climáticas e conclui que, com um investimento de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, pode-se evitar a perda de 20% do PIB em 50 anos. Durante o evento, que integra as atividades do Programa FAPESP de Pesquisa em Mudanças Climáticas Globais, Stern comentou a revisão posteriormente realizada no relatório e divulgada em abril de 2008. O novo estudo, intitulado Acordo Global em Mudanças Climáticas feito na Escola de Ciência Política e Econômica de Londres (LSE, na sigla em inglês), faz diversas propostas para a realização de um acordo global a ser discutido na conferência de dezembro.No novo estudo, Stern admite ter subestimado os efeitos do aquecimento global no relatório de 2006 e propôs que os países desenvolvidos devem se comprometer a cortar em até 80% suas emissões de carbono até 2050, enquanto as nações emergentes devem concordar em estabelecer metas de cortes até 2020. Stern, que já foi economista-chefe e vice-presidente do Banco Mundial, comparou os efeitos da crise financeira mundial com as conseqüências previstas das mudanças climáticas globais. “A crise financeira não é um desastre natural, assim como o aquecimento global. São desastres de origem humana, conseqüências de se ignorar os riscos de uma economia que não é sustentável. O risco ignorado é geralmente amplificado. Essa é uma lição da crise econômica que precisa ser transposta para a crise ambiental”, afirmou Stern. Para ele, a inércia que levou à crise financeira não pode ser repetida na crise climática. “Ignorar os riscos das mudanças climáticas é muito mais grave que ignorar os riscos financeiros. Por outro lado, as novas tecnologias de baixa emissão de carbono e os mercados de carbono são grandes oportunidades abertas pela crise ambiental. E elas se caracterizam pela sustentabilidade, ao contrário do que acontece com as bolhas especulativas das empresas na internet ou no mercado imobiliário”, declarou. Citando o estudo, o economista afirmou que a eficiência energética será central de agora em diante, tanto para o combate aos efeitos das mudanças climáticas como para a economia. “As adaptações para melhorar a eficiência energética têm grande potencial para gerar renda e trabalho, além de representar uma fonte de energia. A eficiência será o principal motor do processo de recuperação, assim como o desenvolvimento de tecnologias limpas”, disse. Stern destacou também a necessidade de estabelecer os preços do carbono por meio de taxas, comércio de carbono e regulamentações. Segundo ele, é importante definir um valor global para o carbono, de modo a deixar claro o custo social e ambiental de cada atividade que provoca emissões. “O preço, que está por volta de 25 euros, em média, deverá chegar a 40 euros em poucos anos”, estimou. Para o economista, o desenvolvimento e o clima são os problemas centrais do século 21. “Se falharmos para lidar com um deles, vamos falhar com o outro também. As mudanças climáticas minam o desenvolvimento e não vamos mais poder separar os dois assuntos. O que chamamos de adaptação às mudanças climáticas é um sinônimo de desenvolvimento em uma situação hostil”, afirmou. Economia do Clima no Brasil - Participaram do debate o diretor científico da FAPESP, Carlos Henrique de Brito Cruz, o professor da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP) Jacques Marcovitch, o coordenador da Comissão Especial de Bioenergia do Estado de São Paulo, José Goldemberg, e o pesquisador do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e coordenador executivo do Programa FAPESP de Pesquisa em Mudanças Climáticas Globais, Carlos Nobre. Coordenador do estudo Economia das Mudanças Climáticas no Brasil (EMCB), realizado por um consórcio de pesquisadores de diversas instituições, Marcovitch apresentou durante o evento o site Economia do Clima. De acordo com Marcovitch, o estudo terá seus resultados consolidados apresentados a partir de junho de 2009. “O objetivo é identificar estratégias para lidar com os riscos das mudanças climáticas e avaliar a efetividade das medidas de mitigação já em curso a fim de propor políticas públicas”, disse. Marcovitch explicou que o estudo, cuja concepção teve início em junho de 2007, conta com apoio da Embaixada do Reino Unido. “Com um horizonte focado no ano de 2100 e com base nos modelos climáticos desenvolvidos pelo CPTEC-Inpe, o projeto estuda temas como agricultura, energia, uso da terra e desmatamento, biodiversidade, recursos hídricos, zona costeira, migração e saúde”, explicou.

Plano de eleito romperá impasse ambiental

Ao mencionar o desafio de "um planeta em perigo" como uma de suas prioridades no discurso de vitória da última terça-feira, Barack Obama deixou claro que acabou a era da negação da mudança climática global na Casa Branca.
No entanto oito anos de inação durante o governo Clinton e mais oito de franco retrocesso nessa área sob George W. Bush tornaram virtualmente impossível para os EUA cumprirem uma agenda ambiciosa de redução de emissões de gases-estufa na próxima década.
Isso significa que as políticas de clima e energia de Obama, por melhores que sejam, ainda estarão distantes do corte real de emissões necessário para livrar o mundo de um aquecimento maior do que 2C -potencialmente catastrófico- ao longo do século 21.
Pelo Protocolo de Kyoto, rejeitado por Bush, os EUA deveriam cortar 7% de suas emissões em relação aos níveis de 1990 até 2012. Nos últimos anos, no entanto, as emissões do país cresceram 14%. Hoje, a proposta mais radical em debate no Congresso, a chamada lei Lieberman/Warner/Boxer, fala em devolver as emissões ao nível de 1990 em 2020.
"Eu não esperaria uma lei final mais ambiciosa que essa", disse à Folha Elliot Diringer, do Centro Pew para Mudança Global do Clima e ex-porta-voz de Bill Clinton. "Esses números tampouco casam com a meta da União Européia, de 20% de redução abaixo do nível de 1990 em 2020."
Diringer e outros especialistas, no entanto, concordam que o sinal político dado por Obama para as negociações internacionais deve quebrar o impasse na construção de um acordo que amplie e substitua Kyoto após o fim de sua primeira fase, em 2012.
Mesmo assim, diz, uma legislação definitiva no tema dificilmente sairá em 2009 -razão pela qual afirma ser improvável um acordo internacional substancial no ano que vem.

Liderança
"Com Obama eleito, minha esperança é que os EUA possam assumir um papel de liderança", disse o holandês Yvo de Boer, secretário-executivo da Convenção do Clima da ONU.
Obama angariou simpatia entre os ambientalistas e os líderes europeus ao prometer na campanha reduzir as emissões americanas "na quantidade que os cientistas dizem que é necessária": em 80% abaixo dos níveis de 1990 até 2050.
Para isso, quer colocar em vigor um esquema de comércio de emissões no qual as empresas ganham cotas de emissão anuais. Quem excedê-la leva uma multa pesada; quem ficar abaixo ganha o direito de vender créditos de carbono.
Mas o principal público do discurso de Obama na área de ambiente e energia é interno: uma de suas principais propostas é apelidada de "New Deal verde", que consiste em investir US$ 150 bilhões na criação de 5 milhões de empregos na área de energia limpa.
Outra promessa é economizar em petróleo, em dez anos, o equivalente àquilo que os EUA importam do Oriente Médio e da Venezuela: 4,3 milhões de barris por dia. O último corte dessa dimensão foi no choque do petróleo de 1973.
Obama espera assim matar de uma vez os três maiores coelhos de seu governo: tirar o país da crise econômica estimulando um setor no qual os EUA são competitivos (a indústria de base tecnológica), solucionar a crise do clima e livrar o país de sua assumida dependência de combustíveis sujos, que direta ou indiretamente o levou à lama do Iraque e do Afeganistão.

Amazônia some com 50% de desmate



A floresta amazônica deixará de existir se mais 30% dela forem destruídos. A afirmação foi feita ontem em Manaus, durante a conferência científica Amazônia em Perspectiva.
"O número agora está consolidado. Se 50% de toda a Amazônia for desmatada, um novo estado de equilíbrio vai existir no bioma", afirma Gilvan Sampaio, do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Hoje aproximadamente 20% de toda a floresta amazônica, que tem mais de 8 milhões de quilômetros quadrados, já sumiram "No Brasil, esse número está ao redor de 17%."
E pode chegar aos 50% até o meio do século. Um estudo de 2006 da Universidade Federal de Minas Gerais prevê que, se o ritmo do corte raso continuar, quase metade da floresta que sobra hoje tombará até 2050.
O novo modelo desenvolvido pelo pesquisador não considera mais a vegetação como algo estático, como ocorria nos estudos apresentados anteriormente. "Desta vez, existe uma espécie de conversa entre o clima e a vegetação", afirma Sampaio, que havia publicado uma versão anterior de seus modelos no ano passado.
De acordo com o estudo, que analisa a situação da floresta num intervalo de 24 anos, a região leste da Amazônia ainda é a mais sensível. Como o clima depende da vegetação, e vice-versa, a ausência de árvores na parte oriental da Amazônia fará com que as chuvas diminuam até 40% naquela região.
"As pessoas têm a idéia de que a floresta cortada sempre se regenera, mas nesse novo estado de equilíbrio isso não deve mais ocorrer, pelo menos no leste da floresta."
O estudo também mostra que a geografia do desmatamento pouco importa para que o ponto de não-retorno da floresta seja atingido. "A questão é quanto você tira e não de onde". Se países como o Peru e a Venezuela, onde a situação da floresta é melhor hoje, começarem a desmatar muito, todo o bioma estará em perigo.
A conseqüência desse novo equilíbrio ecológico será bem mais impactante no lado leste. Sem chuva, a tendência é que toda a região vire uma savana pobre. "Não é possível falar em cerrado, porque ele é muito mais rico do que a capoeira que surgiria na Amazônia."
O oeste amazônico, entretanto, onde estão o Amazonas e Roraima, continuariam a ter florestas, mesmo nessa nova realidade climática. "A umidade continuaria a ser trazida do Atlântico pelo vento", diz.
O desafio brasileiro para impedir que a floresta entre em um novo estágio evolutivo parece até fácil de ser resolvido -no papel. Dos 5 milhões de hectares da Amazônia que estão dentro do país, 46% são protegidos por lei. Mas, na prática, a preservação dessas regiões não é integral.
Uma prova clara disso foi dada ontem também na conferência de Manaus. Dados apresentados por Alberto Setzer, também do Inpe, mostram que entre 2000 e 2007 os satélites registraram focos de incêndio em 92% das unidades de conservação da Amazônia. "Isso me deixa consternado", diz Setzer.
Em Roraima e Tocantins, 100% das áreas de proteção ambiental tiveram incêndios. "Muitas dessas unidades de conservação não têm nem meios para combater o fogo", afirma o pesquisador.
O sumiço de parte da floresta amazônica terá conseqüências imediatas para o Nordeste. "A tendência de desertificação vai aumentar bastante", diz Sampaio. O grupo do Inpe ainda estuda as conseqüências da possível nova Amazônia para as demais regiões do Brasil.

Acidez dos oceanos acelera mais que o previsto, diz grupo

Os níveis crescentes de dióxido de carbono na atmosfera estão aumentando a acidez dos oceanos dez vezes mais depressa do que os cientistas pensavam.
Um projeto de oito anos numa ilha do Pacífico nos EUA descobriu uma queda no pH da água no período -quanto mais baixo o pH, mais ácido o ambiente. Seus autores, da Universidade de Washington, prevêem riscos para os organismos que formam carapaças de cálcio, porque essas criaturas dependem de um ambiente mais alcalino para viver.
Segundo Timothy Wotton, principal autor do trabalho, a variação da acidez está relacionada com o aumento do CO2 na atmosfera. Esse gás, produzido pela a queima de combustíveis fósseis, reage com a água formando ácido carbônico. A acidez compromete, além das criaturas que formam conchas, a capacidade do oceano de absorver mais CO2.

Urso polar corre risco de extinção


O urso polar corre risco de extinção devido ao aquecimento global. No Ártico o ritmo do aquecimento é duas vezes maior, tornando as placas de gelo a cada ano menores e mais distantes umas das outras forçando os ursos nadarem distâncias cada vez maiores. Estudos do IPCC afirmam que entre 20% e 30% das espécies estão ameaçadas de extinção neste século caso a temperatura média do planeta aumente entre 2º C e 3º C com relação a 1990.

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Antonio Carlos Mendes Thame fala sobre aquecimento global

Deputado Federal Antonio Carlos Mendes Thame, em sua palestra sobre Aquecimento Global, discute o que temos que fazer para salvar nosso planeta.

Biodisel

O que é biodísel?
O biodiesel é um combustível renovável, pois é produzido a partir de fontes vegetais (soja, mamona, dendê, girassol, entre outros), misturado com etanol (proveniente da cana-de-açúcar) ou metanol (pode ser obtido a partir da biomassa de madeiras).
Ou seja, um combustível totalmente limpo, orgânico e renovável.

A tecnologia do Biodísel

A tecnologia de fabricação do biodiesel está em desenvolvimento avançado no Brasil.
A Petrobrás possui esta tecnologia e o combustível orgânico já está sendo utilizado em alguns veículos em nosso país.
Acredita-se que, para o futuro, este combustível possa, aos poucos, substituir nos veículos os combustíveis fósseis. Será um grande avanço em busca da diminuição da poluição do ar.

Vantagens do biodiesel:

· A queima do biodiesel gera baixos índices de poluição, não colaborando para o aquecimento global
· Gera emprego e renda no campo, diminuindo o êxodo rural
· Trata-se de uma fonte de energia renovável, dependendo da plantação de grãos oleoginosos no campo
· Deixa as economias dos países menos dependentes dos produtores de petróleo
· Produzido em larga escala e com uso de tecnologias, o custo de produção pode ser mais baixo do que os derivados de petróleo.


Desvantagens do biodiesel
· Se o consumo mundial for em larga escala, serão necessárias plantações em grandes áreas agrícolas. Em países que não fiscalizam adequadamente seus recursos florestais, poderemos ter um alto grau de desmatamento de florestas para dar espaço para a plantação de grãos. Ou seja, diminuição das reservas florestais do nosso planeta
· Com o uso de grãos para a produção do biodiesel, poderemos ter o aumento no preço dos produtos derivados deste tipo de matéria-prima ou que utilizam eles em alguma fase de produção. Exemplos: leite de soja, óleos, carne, rações para animais, ovos entre outros.

Exemplos de Produtos Recicláveis

- Vidro: potes de alimentos (azeitonas, milho, requijão, etc), garrafas, frascos de medicamentos, cacos de vidro.

- Papel: jornais, revistas, folhetos, caixas de papelão, embalagens de papel.

- Metal: latas de alumínio, latas de aço, pregos, tampas, tubos de pasta, cobre, alumínio.

- Plástico: potes de plástico, garrafas PET, sacos pláticos, embalagens e sacolas de supermercado.

Processos de reciclagem

A partir da década de 1980, a produção de embalagens e produtos descartáveis aumentou, assim como a produção de lixo, principalmente nos países desenvolvidos. Muitos governos e ONGs estão cobrando de empresas posturas responsáveis: o crescimento econômico deve estar aliado à preservação do meio ambiente. Atividades como campanhas de coleta seletiva de lixo e reciclagem de alumínio e papel, já são comuns em várias partes do mundo.
No processo de reciclagem, que além de preservar o meio ambiente também gera riquezas, os materiais mais reciclados são o vidro, o alumínio, o papel e o plástico. Esta reciclagem contribui para a diminuição significativa da poluição do solo, da água e do ar. Muitas indústrias estão reciclando materiais como uma forma de reduzir os custos de produção. Um outro benefício da reciclagem é a quantidade de empregos que ela tem gerado nas grandes cidades. Muitos desempregados estão buscando trabalho neste setor e conseguindo renda para manterem suas famílias. Cooperativas de catadores de papel e alumínio já são uma boa realidade nos centros urbanos do Brasil. Sacolas feitas com papel reciclável. Muitos materiais como, por exemplo, o alumínio pode ser reciclado com um nível de reaproveitamento de quase 100%. Derretido, ele retorna para as linhas de produção das indústrias de embalagens, reduzindo os custos para as empresas. Muitas campanhas educativas têm despertado a atenção para o problema do lixo nas grandes cidades. Cada vez mais, os centros urbanos, com grande crescimento populacional, tem encontrado dificuldades em conseguir locais para instalarem depósitos de lixo. Portanto, a reciclagem apresenta-se como uma solução viável economicamente, além de ser ambientalmente correta. Nas escolas, muitos alunos são orientados pelos professores a separarem o lixo em suas residências. Outro dado interessante é que já é comum nos grandes condomínios a reciclagem do lixo. Símbolos da reciclagem por material. O lixo orgânico é utilizado na fabricação de adubo orgânico para agricultura.

Poluição Global

A poluição gerada nas cidades de hoje são resultado, principalmente, da queima de combustíveis fósseis como, por exemplo, carvão mineral e derivados do petróleo ( gasolina e diesel ). A queima destes produtos tem lançado uma grande quantidade de monóxido de carbono e dióxido de carbono (gás carbônico) na atmosfera. Estes dois combustíveis são responsáveis pela geração de energia que alimenta os setores industrial, elétrico e de transportes de grande parte das economias do mundo. Por isso, deixá-los de lado atualmente é extremamente difícil.
Esta poluição tem gerado diversos problemas nos grandes centros urbanos. A saúde do ser humano, por exemplo, é a mais afetada com a poluição. Doenças respiratórias como a bronquite, rinite alérgica, alergias e asma levam milhares de pessoas aos hospitais todos os anos. A poluição também tem prejudicado os ecossistemas e o patrimônio histórico e cultural em geral. Fruto desta poluição, a chuva ácida mata plantas, animais e vai corroendo, com o tempo, monumentos históricos. Recentemente, a Acrópole de Atenas teve que passar por um processo de restauração, pois a milenar construção estava sofrendo com a poluição da capital grega.
O clima também é afetado pela poluição do ar. O fenômeno do efeito estufa está aumentando a temperatura em nosso planeta. Ele ocorre da seguinte forma: os gases poluentes formam uma camada de poluição na atmosfera, bloqueando a dissipação do calor. Desta forma, o calor fica concentrado na atmosfera, provocando mudanças climáticas. Futuramente, pesquisadores afirmam que poderemos ter a elevação do nível de água dos oceanos, provocando o alagamento de ilhas e cidades litorâneas. Muitas espécies animais poderão ser extintas e tufões e maremotos poderão ocorrer com mais freqüência.
Apesar das notícias negativas, o homem tem procurado soluções para estes problemas. A tecnologia tem avançado no sentido de gerar máquinas e combustíveis menos poluentes ou que não gerem poluição. Muitos automóveis já estão utilizando gás natural como combustível.

Soluções para diminuir o Aquecimento Global

Diminuir o uso de combustíveis fósseis (gasolina, diesel, querosene) e aumentar o uso de biocombustíveis (exemplo: biodíesel) e etanol.

Os automóveis devem ser regulados constantemente para evitar a queima de combustíveis de forma desregulada. O uso obrigatório de catalisador em escapamentos de automóveis, motos e caminhões.

Instalação de sistemas de controle de emissão de gases poluentes nas indústrias.

Ampliar a geração de energia através de fontes limpas e renováveis: hidrelétrica, eólica, solar, nuclear e maremotriz. Evitar ao máximo a geração de energia através de termoelétricas, que usam combustíveis fósseis.

Sempre que possível, deixar o carro em casa e usar o sistema de transporte coletivo (ônibus, metrô, trens) ou bicicleta.

Colaborar para o sistema de coleta seletiva de lixo e de reciclagem.

Recuperação do gás metano nos aterros sanitários.

Usar ao máximo a iluminação natural dentro dos ambientes domésticos.

Não praticar desmatamento e queimadas em florestas. Pelo contrário, deve-se efetuar o plantio de mais árvores como forma de diminuir o aquecimento global.

Uso de técnicas limpas e avançadas na agricultura para evitar a emissão de carbono.

Construção de prédios com implantação de sistemas que visem economizar energia (uso da energia solar para aquecimento da água e refrigeração).

Conferência de Bali

Realizada entre os dias 3 e 14 de dezembro de 2007, na ilha de Bali (Indonésia), a Conferência da ONU sobre Mudança Climática terminou com um avanço positivo. Após 11 dias de debates e negociações. os Estados Unidos concordaram com a posição defendida pelos países mais pobres. Foi estabelecido um cronograma de negociações e acordos para troca de informações sobre as mudanças climáticas, entre os 190 países participantes. As bases definidas substituirão o Protocolo de Kyoto, que vence em 2012.

Protocolo de Kyoto

Este protocolo é um acordo internacional que visa a redução da emissão dos poluentes que aumentam o efeito estufa no planeta. Entrou em vigor em 16 fevereiro de 2005. O principal objetivo é que ocorra a diminuição da temperatura global nos próximos anos. Infelizmente os Estados Unidos, país que mais emite poluentes no mundo, não aceitou o acordo, pois afirmou que ele prejudicaria o desenvolvimento industrial do país.

Consequências do Aquecimento global

- Aumento do nível dos oceanos: com o aumento da temperatura no mundo, está em curso o derretimento das calotas polares. Ao aumentar o nível da águas dos oceanos, podem ocorrer, futuramente, a submersão de muitas cidades litorâneas;
- Crescimento e surgimento de desertos: o aumento da temperatura provoca a morte de várias espécies animais e vegetais, desequilibrando vários ecossistemas. Somado ao desmatamento que vem ocorrendo, principalmente em florestas de países tropicais (Brasil, países africanos), a tendência é aumentar cada vez mais as regiões desérticas do planeta Terra;
- Aumento de furacões, tufões e ciclones: o aumento da temperatura faz com que ocorra maior evaporação das águas dos oceanos, potencializando estes tipos de catástrofes climáticas;
- Ondas de calor: regiões de temperaturas amenas tem sofrido com as ondas de calor. No verão europeu, por exemplo, tem se verificado uma intensa onda de calor, provocando até mesmo mortes de idosos e crianças.

Dados sobre o aquecimento global

A Europa tem sido castigada por ondas de calor de até 40 graus centígrados, ciclones atingem o Brasil (principalmente a costa sul e sudeste), o número de desertos aumenta a cada dia, fortes furacões causam mortes e destruição em várias regiões do planeta e as calotas polares estão derretendo (fator que pode ocasionar o avanço dos oceanos sobre cidades litorâneas). O que pode estar provocando tudo isso? Os cientistas são unânimes em afirmar que o aquecimento global está relacionado a todos estes acontecimentos.

Pesquisadores do clima mundial afirmam que este aquecimento global está ocorrendo em função do aumento da emissão de gases poluentes, principalmente, derivados da queima de combustíveis fósseis (gasolina, diesel, etc), na atmosfera. Estes gases (ozônio, dióxido de carbono, metano, óxido nitroso e monóxido de carbono) formam uma camada de poluentes, de difícil dispersão, causando o famoso efeito estufa. Este fenômeno ocorre, pois, estes gases absorvem grande parte da radiação infra-vermelha emitida pela Terra, dificultando a dispersão do calor.

O desmatamento e a queimada de florestas e matas também colabora para este processo. Os raios do Sol atingem o solo e irradiam calor na atmosfera. Como esta camada de poluentes dificulta a dispersão do calor, o resultado é o aumento da temperatura global. Embora este fenômeno ocorra de forma mais evidente nas grandes cidades, já se verifica suas conseqüências em nível global.


Derretimento de gelo nas calotas polares: uma das consequências do aquecimento global.
A temperatura do planeta no século XX aumentou em média 0,6ºC, sendo a década de 1990 a mais quente de toda a história. Até 2100, a Terra poderá esquentar até 5,8ºC, ou seja DEZ VEZES MAIS QUE O AUMENTO NO SÉCULO XX.

Efeito Estufa

Todo o ciclo, causas e conseqüências do efeito estufa no palneta.


Aquecimento Global

Causas, efeitos e soluções do aquecimento global.


quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Video de alunos do 3c sobre o aquecimento global

Um video que mostra o que o aquecimento global pode fazer e como a natureza pode reagir